Ponte para Terabítia
Eu me encontro
Do lado de cá do rio
Observo a margem ao longe
Vejo as portas do meu castelo
Meu castelo abandonado
Meu castelo em ruínas
Abandonado na flor da infância
Eu abandonei meu povo
Abandonei minha terra
Abandonei meu reino
Que se frustrou com o tempo
E eu fui “amadurecendo”
Minha fantasia foi morrendo
Morrendo de abandono
Morrendo na minha memória
Minha imaginação fértil
Cresceu estéril
Inapta para novos sonhos
E eu agora me encontro
Do lado de cá do rio
Olhando pros escombros da minha fantasia
Amargada por esse mundo tão cinza
Minhas mãos desocupadas
Meu coração sem receio
E minha cabeça, colorida
Colorida por meu devaneio.